Os olhos não vêem além das mãos
A dor do vazio não se acalma com a ilusão
A imagem real não se vê na televisão
A festa é o tempo que foi em vão
Se hoje eu ando e sou do mundo
É porque coisas não são como deveriam ser
Daquilo que faz alguém ser visto e reconhecido.
Do que torceu e foi destorcido
Foi o tempo que não esperou
O mundo que gira não percebe a verdade
Hoje sonho apenas porque não vejo onde estou
Vejo aquilo que tem valor: malandragem e vaidade
Caminharam contra o vento
Desfilaram de “cara pintada”
Mas só se consegue... mudar
O que já seria mudado
Julio Cesar Oliveira
sexta-feira, 14 de novembro de 2008
terça-feira, 23 de setembro de 2008
Dignidade
Não sei mais o que é realidade
Já confundo a exatidão
Tenho medo do futuro
Medo da minha imaginação
Tento ser o que não sou
A tentativa do que não tenho
Sobrevivo no escuro
Em um buraco em rotação
Na lapela já não está
A minha dignidade
Se não tenho um crachá
Vou de encontro à sociedade
Pobre mundo, mundo pobre
Mecanizados pela situação
O amarelo do horizonte
Ainda tem explicação
Julio Cesar Oliveira
Já confundo a exatidão
Tenho medo do futuro
Medo da minha imaginação
Tento ser o que não sou
A tentativa do que não tenho
Sobrevivo no escuro
Em um buraco em rotação
Na lapela já não está
A minha dignidade
Se não tenho um crachá
Vou de encontro à sociedade
Pobre mundo, mundo pobre
Mecanizados pela situação
O amarelo do horizonte
Ainda tem explicação
Julio Cesar Oliveira
terça-feira, 20 de maio de 2008
A Razão
O reflexo do olhar sobressai
A loucura transborda e abstrai
O tempo não deixa a mente se libertar
O alívio da morte faria o sol raiar
Viver não pode ser sofrer
Sofrer não pode ser morrer
Querer-te é algo, é contradição
Argúcia do corpo em busca da sanção
Jovem moleque, adulto velho
Ambos a desafiar o espaço
Não se respeitam e perdem o compasso
Desfrutam a dor da perda de um laço
Vão, vão embora
Deixem-no em paz
A sombra da decisão
É que engendra a razão
Julio Cesar Oliveira
A loucura transborda e abstrai
O tempo não deixa a mente se libertar
O alívio da morte faria o sol raiar
Viver não pode ser sofrer
Sofrer não pode ser morrer
Querer-te é algo, é contradição
Argúcia do corpo em busca da sanção
Jovem moleque, adulto velho
Ambos a desafiar o espaço
Não se respeitam e perdem o compasso
Desfrutam a dor da perda de um laço
Vão, vão embora
Deixem-no em paz
A sombra da decisão
É que engendra a razão
Julio Cesar Oliveira
terça-feira, 25 de março de 2008
Amor ou Paixão
Como identificar o amor?
Onde perceber a paixão?
Se o mundo gira
Gira sem nenhuma razão
A alegria da solidão
Afugenta teus olhos cão
A realidade muda
Como muda a sua afeição
Quem não é louco
Na Terra não pisa
Nem o céu nos avisa
Quando quisera voar
E aos pássaros falar
Pra que lhe digam
Onde a brisa encontrar
E dela desfrutar
A companhia do mar
Julio Cesar Oliveira
Onde perceber a paixão?
Se o mundo gira
Gira sem nenhuma razão
A alegria da solidão
Afugenta teus olhos cão
A realidade muda
Como muda a sua afeição
Quem não é louco
Na Terra não pisa
Nem o céu nos avisa
Quando quisera voar
E aos pássaros falar
Pra que lhe digam
Onde a brisa encontrar
E dela desfrutar
A companhia do mar
Julio Cesar Oliveira
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
O Abrigo
A certeza desafia, a dúvida desperta
A sede inicia o mal que se espera
O sopro espanta a dor que anuncia
A fome acalma a morte vivida
Solidão que se move a caminho do nada
A razão só discursa no vazio da mente
Animal arrogante não fala e não sente
Desperta o medo e o frio escondido
A lágrima aborrece o santo perdido
Que bala que nada, procuro um abrigo
Julio Cesar Oliveira
A sede inicia o mal que se espera
O sopro espanta a dor que anuncia
A fome acalma a morte vivida
Solidão que se move a caminho do nada
A razão só discursa no vazio da mente
Animal arrogante não fala e não sente
Desperta o medo e o frio escondido
A lágrima aborrece o santo perdido
Que bala que nada, procuro um abrigo
Julio Cesar Oliveira
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Sonhos
Sonho com um mundo desconhecido
Com alguém que ficou perdido
Um ser adormecido
Que não vê quando os olhos se vão
Sonho com um mundo estranho
Embriagado em seus próprios desejos
Um ser agraciado
Que não vê quando se estende a mão
Sonho com um mundo hipócrita
Em busca de sua própria riqueza
Um ser atormentado
Que não vê a verdadeira beleza
Sonho com o nada
Motivador de todas as brigas
Um ser inexistente
Que não vê a única saída
Julio Cesar Oliveira
Com alguém que ficou perdido
Um ser adormecido
Que não vê quando os olhos se vão
Sonho com um mundo estranho
Embriagado em seus próprios desejos
Um ser agraciado
Que não vê quando se estende a mão
Sonho com um mundo hipócrita
Em busca de sua própria riqueza
Um ser atormentado
Que não vê a verdadeira beleza
Sonho com o nada
Motivador de todas as brigas
Um ser inexistente
Que não vê a única saída
Julio Cesar Oliveira
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
Mortes da minha vida
Morri quando criança
Sobrevivi na adolescência
Morri na puberdade
Sobrevivi à juventude
Morri quando era adulto
Sobrevivi à velhice
Agora a última das mortes
A mais fácil e menos dolorosa
Que não me trará lembranças
Da vida feliz que terminou
Julio Cesar Oliveira
Sobrevivi na adolescência
Morri na puberdade
Sobrevivi à juventude
Morri quando era adulto
Sobrevivi à velhice
Agora a última das mortes
A mais fácil e menos dolorosa
Que não me trará lembranças
Da vida feliz que terminou
Julio Cesar Oliveira
segunda-feira, 7 de janeiro de 2008
Apenas um segundo
Apenas um segundo para te beijar
Apenas um segundo para te tocar
Apenas um segundo para te ver
Apenas um segundo para te deixar
Apenas um segundo para te idolatrar
Apenas um segundo para te entreter
Apenas um segundo para lhe sorrir
Apenas um segundo para te namorar
Apenas um segundo para reerguer
Apenas um segundo para destruir
Apenas um segundo para morrer
Apenas um segundo para viver
Apenas um segundo para não voltar
Só quero apenas mais um segundo
Para provar que no mundo
Alguém ainda sabe amar
Julio Cesar Oliveira
Apenas um segundo para te tocar
Apenas um segundo para te ver
Apenas um segundo para te deixar
Apenas um segundo para te idolatrar
Apenas um segundo para te entreter
Apenas um segundo para lhe sorrir
Apenas um segundo para te namorar
Apenas um segundo para reerguer
Apenas um segundo para destruir
Apenas um segundo para morrer
Apenas um segundo para viver
Apenas um segundo para não voltar
Só quero apenas mais um segundo
Para provar que no mundo
Alguém ainda sabe amar
Julio Cesar Oliveira
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