Lá vai o moleque
Sem rosto e retrato
Apenas descalço, incauto
À sombra da ingratidão
Lá vai o moleque
Jogado, roubado, largado
Ainda que inocente, renegado
Em busca de sua nação
Lá vai o moleque
Faminto, pedindo, cuspido
Esperando o que lhe foi prometido
Às custas de algum co-irmão
Já não vai o moleque
Ignorado pelo mundo
Sem saber o que é a razão
Agora tem um teto,
Um teto chamado caixão.
Julio Cesar Oliveira
Sem rosto e retrato
Apenas descalço, incauto
À sombra da ingratidão
Lá vai o moleque
Jogado, roubado, largado
Ainda que inocente, renegado
Em busca de sua nação
Lá vai o moleque
Faminto, pedindo, cuspido
Esperando o que lhe foi prometido
Às custas de algum co-irmão
Já não vai o moleque
Ignorado pelo mundo
Sem saber o que é a razão
Agora tem um teto,
Um teto chamado caixão.
Julio Cesar Oliveira
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